Coronel João da Silva Barbosa, comandante militar do Estado |
Reunido em Corumbá em 31 de março de 1892, o alto comando militar de Mato Grosso, à frente o coronel João da Silva Barbosa, decide entre outras medidas para sustentar o golpe de 22 de janeiro contra o governo constitucional do Estado, propor a desanexação de Mato Grosso da federação brasileira. A ideia foi registrada em ata firmada por oficiais do 21 de Infantaria, que se opuseram à ideia de "libertação" Estado:
A algumas objeções de que não havia meios de resistência, declarou que meios havia e que o principal era declarar livre o Estado de Mato Grosso e oficiar às repúblicas do Prata, porque estas, para manter neutralidade não consentiriam passar forças pelos rios que banham a mesma república.
O documento é a marca da primeira dissidência ao malfadado movimento seccionista militar:
Não concordam também na declaração de Estado livre de Mato Grosso o República Transatlântica de Mato Grosso, porque como filhos dele, sabem que o Estado não dispõe de recursos; finalmente não aderem a movimento algum que tenha por fim repelir atos e ordens do governo federal.
A ata da dissidência é assinada por Antônio Velasco, capitão; Antônio Manoel Martins Filho, tenente-ajudante; Urbano Vieira da Silva, tenente-secretário interino; Vicente Rabelo Leite Sobrinho, alferes quartel-mestre; e João Gomes Monteiro, alferes.
FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque, evolução política e revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 95.
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