Coimbra, palco da primeira batalha da guerra do Paraguai |
O brigadeiro Alexandre Manoel Albino de Carvalho, que governava a província de Mato Grosso quando estourou a guerra do Paraguai, em 9 de janeiro de 1865, dirige ao povo a seguinte proclamação:
Matogrossenses! A injustificável ameaça do Governo da República do Paraguai, feita ao Império em sua nota 30 de agosto do ano passado, está consumada. Em 27 de dezembro findo uma expedição paraguaia, composta de numerosos navios a vapor e a vela com cerca de 5000 homens, acometeu o forte de Nova Coimbra e intimou ao comandante tenente-coronel Hermenegildo de Albuquerque Porto Carreiro a sua entrega dentro do prazo de uma hora, ficando em tal caso a guarnição sujeita à sorte das armas.
Contra tão desleal agressão protestaram energicamente as guarnições do forte de Nova Coimbra e do vapor Anhambaí, seu auxiliar, composta de menos de 200 homens.
Esse protesto ficará na história, escrito pelas armas imperiais, tintas de sangue de centenas de agressores, sangue dos que foram mortos e mutilados, durante dois dias de renhido combate.
Foi um protesto solene e glorioso!
Mato-grossenses, às armas! E com elas em punho, rivalizai com os valentes soldados da Nova Coimbra e com os intrépidos marinheiros da Anhambaí. Viva o Imperador! Viva a integridade do Império!
FONTE: Jorge Maia, A invasão de Mato Grosso, Biblioteca do Exército Editora, Rio, 1964, página 214.