sábado, 8 de fevereiro de 2020

Toma posse no governo do Estado, Camilo Soares de Moura


  
   
Nomeado interventor com o fim do movimento político que resultou na renúncia de Caetano de Albuquerque e de todos os deputados estaduais, toma posse em 9 de fevereiro de 1917, em Cuiabá, com um secretariado completamente estranho às dissenções  políticas da terra, Camilo Soares de Moura.

Nascido em 29 de outubro de 1869, em Ubá (MG), foram seus pais o coronel Camilo Soares de Moura e dona Amélia Peixoto Soares. Bacharel em Direito, foi promotor na comarca de Ponte Nova, onde exerceu também os cargos de juiz municipal e de prefeito, tendo ainda ocupado a judicatura em Bambui e Manhuassu.

Representou o Estado de Minas como deputado estadual e federal. Deixando a prefeitura de Caxambu passou a exercer a direção geral dos Correios e ministro do Tribunal de Contas.
 
Sobre seu exíguo período de governo, Estevão de Mendonça dá o seguinte testemunho:


Tomando as rédeas do governo logo após uma luta armada, o interventor federal veio encontrar o Estado à beira da anarquia e a sua autoridade impediu a permanência de tal situação. Se o dr. Camilo Soares como administrador não deixou de si provas de atilamento, outro tanto não se pode dizer quanto à sua orientação política. Apercebendo-se da gravidade do momento, e colocado entre dois grupos de partidários exagerados, em luta aberta de posições, o interventor procurou solucionar o conflito sem deixar que um exercesse supremacia sobre o outro. 


Tendo deixado o governo em 13 de agosto para atender notificação judicial no Rio de Janeiro, Camilo Soares retornou a Cuiabá a tempo de dar posse ao bispo Dom Aquino Correa, em 21 de janeiro de 1918. Em sua ausência foi substituído pelo general Cipriano Ferreira, a quem coube comandar o processo eleitoral para escolha dos cargos no executivo e legislativo do Estado.



FONTES: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 86.

IMAGEM:http://goo.gl/kso6IO

Rondon contra a divisão de Mato Grosso


Rondon, o general contra a divisão do Estado

Em entrevista ao Diário de S. Paulo, em 8 de fevereiro de 1934, o general Rondon manifesta-se contra a ideia separatista, apontando as seguintes razões:

a) o movimento secessionista só é amparado pelos filhos de outros Estados, que não votam verdadeiro amor a Mato Grosso; b) o Norte do Estado é o mais próspero e não tem interesse em retardar o progresso do Sul; c) O Sul não tem elementos para se constituir em Estado da Federação, não possui recursos econômicos suficientes, estando ainda em fase pastoril; d) os divisionistas não estão apoiados em razões de ordem moral ou material”.


Os divisionistas responderam ao general através de um folheto de março seguinte, datado de Maracaju. 


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Mato Grosso do Sul, Editora do Escritor, S.Paulo, 1985, pagina 146.

Força brasileira deixa Uberaba

4 de setembro de 1865 Para dar combate ao Paraguai, cujas forças em dezembro de 1864 invadiram o Sul de Mato Grosso, paulistas e min...