Nomeado
pelo bispo de Cuiabá, d. José Antonio dos Reis, vigário de Miranda e vigário
forâneo do Baixo-Paraguai e pelo presidente da província diretor dos índios,
assume a paróquia de Miranda, em 23 de outubro de 1859, o frei Mariano de
Bagnaia. “Miranda sempre foi um lugar de difícil permanência de sacerdotes. Mas
frei Mariano de Bagnaia começa a desenvolver suas atividades seja no campo
indígena seja como vigário da paróquia. Desde o começo ele planeja as suas
atividades pois o seu campo agora tem caráter diferente”, observa o frei
Alfredo Sganzerla:
O ambiente externo desta nucleação do Mato Grosso desde a sua fundação se constitui em área de difícil desenvolvimento. As distâncias e os problemas com as pessoas aqui destinadas, dificultam qualquer atividade em relação ao apostolado gratuito. Bem como é um dos povoados dos primeiros da região com destinos na faixa de segurança e na busca de novas terras para a criação de gado. Para tanto a navegabilidade do rio Miranda vai favorecer a todos os interesses.
Dando maior prioridade aos índios da região, frei Mariano “inicia entre os terenas uma capela dedicada a São Francisco de Assis, onde em pouco tempo realiza mais de 300 batizados. As diversas aldeias na periferia de Miranda eram constituídas por mais de 2500 índios".
Frei Mariano permaneceu à frente da paróquia de Miranda até 1865, quando foi preso e deportado para o Paraguai.
FONTE: Frei
Alfredo Sganzerla, A História do Frei Mariano de Bagnaia, Edição
FUCMT-MCC, Campo Grande, 1992, página 190
FOTO: extraída do livro A Retirada de Laguna, de Taunay.
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